20 maio, 2008

Eu tava só, sozinho

"Mais solitário que um paulistano,
que um vilão de filme mexicano"

É o Zeca prevendo meu futuro presente.

Esse negócio de ficar sozinho é uma bosta.
Por que eu quero namorar (calma, não vai ser como o post abaixo)?
Porque eu gosto da companhia. Gosto de contar com alguém que pode me criticar sem medo. Gosto da cumplicidade entre nós dois.
Porque quando acontece algo interessante comigo, gosto de contar para aquela pessoa específica, ao invés de sair contando para todos os amigos. Acho que, neste ponto, um(a) namorado(a) vale mais que dez amigos. Quando conto para um amigo, não dá a mesma sensação de preocupação, de carinho. Falando assim, parece que eu só quero um confidente. Vai procurar um padre, ou um psicólogo, então!
A não ser pela pequena diferença que um namorado se preocupa com você. O padre só te ouve e manda rezar. O psicólogo proporciona discussões internas que auxiliam nos entraves da vida. Mas eles não estão lá. São mundos à parte o confessionário e o consultório.
Quero namorar para me confundir com este outro. Para dividir as fotos diárias. Para ser acalmado só de ver a pessoa. Para aprender com as diferenças entre nós. Para ser uma pessoa melhor, por que não? Para aumentar o prazer do caminhar. Pelo sexo.
Ah, o sexo! Pernas lutando, unhas funcionando, cheiros se desencontrando, cabelos se revoltando e o beijo unindo. Luzes variadas, músicas alternadas (várias e várias vezes). Paredes, colchões, pias e mesas diferentes. E aquela pessoa, um amor.
Me perguntaram se eu não gosto mais da relação do que do outro. Considerando que o outro é sempre "o mesmo", digo, é sempre a pessoa do meu desejo E QUE a relação é baseada num certo esforço para dar certo, talvez eu goste mais do outro que da relação. (Um parêntesis: ainda quero achar uma relação que não envolva esforço depois de um tempo.)
Mas agora eu quero a relação porque não "tenho" o outro. E, se eu "tiver" a relação, o outro estará lá. A não ser que seja uma relação platônica, mas eu não monto essas relações como as principais, só como brinquedo temporário, como flerte, como o início, ou como um fim.

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