22 junho, 2008

Meme

Explicação: X. (Citado no Porco)

Então vamos às cinco:

1) Gente que conversa encostando.
Precisa? Se a pessoa não tem a competência de prender a minha atenção com um assunto, com um sorriso, com um bom papo, NÃO ME TOQUE! Simplesmente tenha um pouco de desprendimento e me deixe ir embora. Eu não sou maçaneta para ficarem pegando.

2) Pessoas que explicam até piada.
Sabe aquele tipo de pessoa que é professor nato? "O gato subiu no muro para pegar um passarinho. Porque vocês sabem, não? Que os gatos comem passarinhos e eles são ótimos escaladores. Porque eles tem as garras retráteis (ou seja, que ficam embutidas - escondidas - e só são expostas quando ele, o gato, quer, ou precisa) muito bem desenvolvidas e fortes. Bom, voltando à piada, ele subiu..." Deu p ter uma idéia da irritação, né!?

3)Pessoas que não tem o mínimo de dadaísmo na mente.
Gente, sou ateu, mas para essas pessoas eu peço ajuda a Deus! Como se consegue viver sem fazer uma coisa "avulsa", como diria a Ruiva, de vez em quando? Isso é inaceitável! Acho que demonstra o quão narrow-minded a pessoa é. Tem que conhecer as coisas, gente. "Ignorância é culpa", de acordo com a Jana. Além disso, temos que usar esses conhecimentos históricos adaptando-os à nossa realidade, exatamente para fazê-la um pouco mais irreal! Ou surreal (eu prefiro).

4) Gente que não escuta.
Você comenta uma coisa e a pessoa te interrompe. Você vai fazer uma colocação importante (pelo menos que você acha que pode ter uma boa relação com o que ouviu) e a pessoa continua falando como se não tivesse ouvido. Acho que no fundo, eu odeio ser ignorado. Dá uma idéia de egocentrismo da parte dos outros, como se o que tivéssemos a falar fosse supérfluo. Ou então, em uma aula. O professor fala "então o X é igual a 15" e o desgraçado me solta a pergunta: "então o X é igual a 15, professor?" Muito pavio curto com esse tipo de pessoa. "Não, porra! O X é igual ao tamanho da sua língua!"

5) Odeio regras que não podem ser quebradas.
Quem inventou a regra? Nós! Então, dependendo do caso podemos quebrá-la. Isso está intrínseco na liberdade humana. Eu criei a regra/lei/modo de seguir em grupo para nortear e não para ser fixa, rígida, inquebrável. Ela tem que estar lá, mas a partir do ponto em que eu não vou atrapalhar o andamento geral das coisas, não vou causar um acidente, ou entrar no espaço alheio, eu posso dobrar a regra porque tenho liberdade para tal. Bem ideológico, não?

Só para continuar com o meme, gostaria que a Tia Poh respondesse a isso. Tanto porque acho que ninguém mais lê isso... ehehheh

Novo visual




Como diria o Gordo: "jornalista!"

http://xkcd.com/435/

20 junho, 2008

Ah Cássia

Todo amor que houver nessa vida
pela Cássia, de Cazuza (ou Barão)

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

Que ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio pra dar alegria



E tenho dito.

18 junho, 2008

Suspiro

Eu precisava disso.
A vida já estava me levando denovo. Gosto do controle. Do meu controle. Sobre me levar.
Minha vida.

"Não por acaso" é mais uma superprodução brasileira que conta com um único elemento: poesia.

Duas pessoas. Um amor.
Três pessoas. Um outro amor.
Um acidente.

Uma das duas primeiras. Uma nova. Uma novidade.
Uma das três segundas. Uma nova. Uma virada.

A primeira pessoa ajuda a segunda.
Sem saber sem intenção.

Nem o acaso previu isso.
Poético.

Tudo se encaixa no filme. Veja-o.

Só deixo minha alma no coração de quem pode
Katia B

Só deixo meu coração
Na mão de quem pode
Fazer da minha alma
Suporte pr’uma vida insinuante

Insinuante
Anti-tudo que não possa ser
Bossa-nova hardcore
Bossa-nova nota dez

Quero dizer
Eu tô pra tudo nesse mundo
Então
Só vou deixar meu coração
A alma do meu corpo
Na mão de quem pode

Na mão de quem pode e absorve
Todo céu
Qualquer inferno

Inspiração
De mutação
Da vagabunda intenção
De se jogar na dança absoluta
Da matança do que é tédio

Conformismo
Aceitação
Do fico aqui
Vou te levando
Nessa dança
Submundo pode tudo do amor (pode tudo do amor)

Porque não quero teu ciúme que é o cúmulo
Ciúme é acúmulo de dúvida, incerteza
De si mesmo
Projetado
Assim jogado
Como lama anti-erótica
Na cara do desejo mais
Intenso de ficar com a pessoa
E eu não tô à toa
Eu sou muito boa

Eu sou muito boa pra vida
Eu sou a vida oferecida como dança
E não quero te dar gelo
Jealous guy

Vê se aprende
Se desprende
Vem pra mim que sou esfinge do amor
Te sussurrando
Decifra-me (decifra-me)

Só deixo minha alma
Só deixo o coração
Só deixo minha alma
Na mão de quem pode

Só deixo minha alma
Só deixo meu coração
Na mão de quem ama solto

Eu vou dizendo
Que só deixo minha alma
Só deixo meu coracão
Na mão de quem pode
Fazer dele erótico suporte
Pra tudo que é ótimo fator vital

17 junho, 2008

Post 66 + 1

É difícil o momento em que percebemos, através de outras coisas, que estamos destruindo o que mais prezamos.
Anteontem eu quebrei, por acidente, um cinzeiro de porcelana que havia no meu quarto. Tudo bem que ele era feinho, mas eu gostava dele, foi um presente. Hoje eu quebrei uma caneca de sopa enorme que eu usei para almoçar. Também de porcelana, também por acidente.
Penso se essas quebras são sinais me informando que eu estou destruindo algum relacionamento na minha vida, ou se são premonições ("você deve prestar atenção nos sinais", já dizia Devon Sawa em Premonição).
Como eu não acredito em destino (lá vamos nós denovo...), nem em coincidências, afirmar qualquer das opções acima é desperdício de saliva (de digital, more likely).
Penso que como a vida é frágil praticamente por definição (como eu disse aqui), esse quebra-quebra que eu tenho arrumado não passa de uma sequência, atualmente sem tremas, de acidentes e essa associação causal não passa de confbulação.
Fico com medo de serem, na verdade, profecias auto-realizadoras. Eu penso que o quebrar objetos tem a intenção de me dizer algo, logo, faço o que eu confabulei se tornar realidade.

Mas que eu previ, eu previ.

14 junho, 2008

sinta

The Good, the Bad and the Queen - Green Fields.

Imagine-se em pé, entre os batentes da porta do quarto dele. Cinco e meia da tarde, pôr-do-sol.

Você com um vestido vermelho leve, o decote em vê mostrando um pouco mais que o suficiente, uma sandália branca linda e cabelo preso em coque. Ele de calça social preta, sapato preto de ponta fina, blusa social meio aberta mostrando a branca debaixo. Mangas arregaçadas e barba por fazer.
Ele te olha da cadeira onde está. Com o olhar, te transporta para o mundo dele. Você com o seu, o traz ao seu desejo. Quem faz o primeiro movimento?

Ele se desencosta da cadeira e anda em sua direção. Se posta bem na sua frente e mesmo sentindo o calor de seus corpos, você diz: mais perto.

Ou você retira o braço do batente e o seduz com o andar. Coloca a perna na cadeira que ele está sentado mostrando-o sua linda perna pelo corte do vestido.

Ele, então, encosta em você. As bocas a dois centímetros de distância. Suas mãos deslizam nas costas dele suavemente até a cintura. Dão a volta e soltam o cinto no chão.

Ou você ganha um beijo no interior da coxa direita. A retira em seguida sentando em seu colo e, enquanto desce, esbarra o vestido na barba dele, dando-o todo o movimento que ele merece.

Ele põe as mãos nas suas costas, sente que estão separados apenas pelo vestido, desdá o nó nas suas costas e te puxa pela cintura.

...

Independente de quem fez o primeiro movimento, os outros serão feitos em unicidade. O beijo vem devagar. Os lábios se encontram provocativamente. Os dentes à mostra e o sorriso querendo.

O encontro não podia ser mais suave. Como seu vestido.

round, and round, and round, and...


Pensei em escrever um post romântico.
Para isso preciso de uma música gostosa. Digamos Velvet Underground.
Preciso de uma climatização. Meia-luz, ou somente a luz alaranjada do poste entrando pela janela.
Preciso de um motivo. Talvez um amor por vir? Ou uma conquista, sim, uma conquista.

Essa eu vou ficar devendo...

Quebrando preconceitos III

Muito Gelo e Dois Dedos D'água. É o cinema brasileiro me surpreendendo.

Como tenho conhecido muita coisa ultimamente, não sei se estou aberto a todo tipo de experiência (apesar da prática provar que sim), ou se estou melhorando meu crivo (espero que sim). De uma forma ou de outra, os filmes brasileiros estão me encantando.

Primeiro foi O Cheiro do Ralo, agora foi uma mistura de psicodelismo/1970/Beatles, com muita música brasileira num filme que não foi arrebatador, ou que não preencheu o vazio humano. Não fez pensar em teorias, em dramas, em desgraças... talvez um pouco em tortura psicológica. Não retrata a realidade brasileira, a guerra dos EUA/Iraque, a matança indiscriminada de bois, ou uma menina que despiroca e vai experimentar a vida. Nada. Não retrata.

O filme é um sonho. Uma graça.

11 junho, 2008

O Amigo Oculto (Hide and Seek)

Acabei de escrever isso abaixo e resolvi ver um filme da coleção que estou fazendo.
Entro na página do link do título desse post e mando baixar o filme. Aleatoriamente, na maioria das vezes. Esse filme eu resolvi pegar porque achei o título interessante.

Você acredita em destino? Nem eu. E você acredita em coincidência? Nem eu. Posso dizer que sou um paradoxo ambulante. Ou simplesmente humano.

Bom, leia a sinopse do filme clicando no título acima, veja o filme e releia o que eu escrevi abaixo. Nunca me senti tão psicanaliticamente correto.

Meu mundo conceitual

Lembrei agora de uma pergunta-afirmação que me foi posta há um tempo: "seu mundo é conceitual, não é?!" Veremos:

Estava eu em aula, a pensar em minhas idealizações, quando me puxei de volta à realidade. Neste momento eu entendi qual é o lugar da minha "possível loucura"...

(parênteses: você já pensou que ainda vai enlouquecer? Este é um tema recorrente na minha vida)

Essa idealização começa sem intenção, ela chega sorrateira e toma conta do pensamento. Neste ponto, a gente começa inconscientemente a imaginar o que quer, o que deseja. Acho que esse mundo confabulatório (neologismo?) é tão bom, tão perfeito, que quando nos puxamos de volta temos que sair à força da neblina inebriante da imaginação.
Eis que aqui, quando não conseguimos lidar com a realidade imperfeita, começamos a delirar para "ressignificá-la" (jargão psicológico que indica uma reestruturação do pensamento, como crenças irreais, para adequar a subjetividade individual à realidade).

A ressignificação é feita, acredito eu, baseada nas idealizações que já fizemos na vida. Ou seja, uma idealização antiga e, talvez, superada toma proporções incomensuráveis na reconstrução da realidade.


Humpf! Percebi (e consegui escrever sobre) isso hoje. Não perguntem o motivo, por favor.

10 junho, 2008

Mais um interessante




Me sinto assim.

Valeu ter ligado.

09 junho, 2008

Quebrando preconceitos II

Eu gosto muito de música.
Mas muito mesmo!

E eu gosto de alternar os timbres, os estilos, os ritmos.
Placebo, Alanis, Amélie les Crayons, Architecture in Hellsink, She Wants Revenge, Metric, Ok Go, Sonic Youth, Toquinho e Vinicius, Chico, Zeca Baleiro...

Eis que outro dia fui na casa do meu primo e peguei emprestado o show da Ana Carolina e Seu Jorge. Fiquei estupefato com a qualidade do som.
Já os conheço de longa data, mas o preconceito com a Ana Carolina não me deixava ouvi-la. Nem sei dizer o motivo correto, mas tem a ver com moda. "Está na moda a gente escuta", já dizia um amigo porco meu. Ou "Dizem que não há nada que você não se acostume / Cala a boca e aumenta o volume então", de acordo com o Titãs.

O negócio é que ouvi/vi(vivi) o show e embasbaquei (não há melhor palavra agora) com a potência do som. O timbre dos dois encaixou, as brincadeiras com os pandeiros combinaram e a maioria das letras é muito boa e putaquepariu! na Ana cantando o grave e tocando contrabaixo e o Jorge fazendo o agudo e tocando violão. E na inversão em seguida, o Seu no contra e a Carolina no violão com os timbres trocados.

Olha o naipe do cara! Olha que introdução! E, convenhamos, Farofa Carioca "regras".
http://www.youtube.com/watch?v=c3SUok7SC7U

Agora entra no clima surreal da razão:
http://www.youtube.com/watch?v=_fmwClzc1ng&feature=related

Valeu ter me dado a possibilidade.
E as outras também.

citação:

"Nossa vida é, em grande parte, um grande rosário de perdas"
Eduardo Gontijo

?????

De onde vim?
Onde estou?
Prá onde vou?

Quem sou eu?

Com o que trabalharei?
Quero dar aula?
Ser professor, ou educador?
Quero ser psicólogo?

Quero namorar?
Casar?
Ter filhos?

E depois?
Há do que duvidar?

Formação

Que tipo de formação estou tendo no curso de psicologia?
E qual tipo de formação que a psicologia oferece?

E o que tenho feito para mesclar os dois?