25 maio, 2008

Papeemos

Parabéns a vocês, aniversariantes deste dia. Apesar de eu não conhecer nenhum...
Estive pensando em começar a organizar um natal e um reveillon dadaistas. Se temos finais de semana para fingirmos que a vida não é contínua, se temos feriados (infelizmente) para fingirmos que a vida não é massacrante, se temos páscoa, natal, carnaval, dia das crianças, independência e todos os outros milhares de feriados no ano, por que não retirá-los do contexto? Faz muito sentido para mim.
É o mesmo raciocínio de darmos presentes só em "datas especiais". Por que não presenteamos sem nenhuma necessidade?
Se temos a academia estraçalhando as áreas de estudo, cada vez mais específicas, inclusive com uma ajudinha do governo e seu Reuni, por que não estudamos de tudo? Eu gosto de física, química e matemática. Gosto de filosofia, antropologia e direito. Gosto de artes, músicas e dadaísmos diários.
Inclusive, estava conversando com amigos ontem e foi dito que a FAFICH está decaindo muito nos movimentos desorganizados. Se bem que temos aquele maravilhoso movimento estudantil... Mas eu me referia a movimentos desencabeçados. Movimentos que não precisam de uma ordem porque não querem chegar a nada útil.
Discutamos "útil". É inútil. E daí?
O que eu chamo de útil, é academicamente útil. Não penso em criar nada que terá a forma ABNT, nada que tenha estatísticas, nada que gere algum conhecimento objetivo.
A Objetividade é muito inútil no que estou pensando. Não quero levar ninguém a nada. Nem se eu quisesse. Mas a idéia de espalhar cartazes com conhecimentos aleatórios na FAFICH é tesante.
Óbvio que isso tem uma utilidade. Trazer as loucuras para os estudantes. Uma risada me serve. Um segundo, parado, lendo, pensando, me sustenta. Ou se sustenta por si só. Fazer um movimento circular. Trazer a imaginação e a criação à tona denovo.
Nos esquecermos da rotina por um momento.

Esquecer da rotina.

Um momento.

Num campo verde, sob um juazeiro...
Um olhar mental eterno. Nunca aconteceu.

A utilidade do que eu coloquei é como este olhar. Ele nunca aconteceu de verdade. No nosso mundo físico e medíocre. Mas aconteceu num mundo muito melhor, o nosso mundo particular. O eterno, romântico, imaginativo, desorganizado mundo individual.
A dois.

Nenhum comentário: