19 março, 2006

A preguiça ou Uma boa desculpa

Há alguns amigos meus em sala que eu adoro conversar com. Quando eu escrevo estes posts, geralmente estou em sala... agora que voltei a escrever. Assim que vejo que o texto saiu de dentro, quero mostrar a eles (elas, na verdade) o que me passou, o que me incomodou, por onde minha imaginação fluiu. É neste momento que eu fico moendo na dúvida mostrar/não mostrar. Essa questão só sucitou após o início deste espaço.

Eu nunca fiquei em dúvida sobre querer mostrar os escritos, ou conversar sobre o que eu quero falar. Mas não vou negar que eu gostaria de abrir o internet explorer e encontrar um comment. Sim, eu admito, estou me questionando entre a escolha das CONVERSAS ou dos COMMENTS.

São duas satisfações diferentes, egoísticamente falando. Conversando dá para "aproveitar" a pessoa à uma ponta fina; dá prá sentir a reação dela, não dá tempo (não o mesmo de algo escrito) dela refletir e responder, então é "imediato". Você vê a pessoa naquele segundo. Já vendo o "placar" de comments, dá um tesão de escrever, de ver e ser visto. É aquela comunicação sem muita explicação que quem escreve imagina (e deseja) que o outro vá entender. Dá margem à interpretações que formam opiniões e extraem significados que, imagino, fazem chegar à outra pessoa.

Obviamente não são excludentes, pelo contrário, certo? Desculpe por não ter te mostrado nem conversado sobre, mas preferi a minha surpresa ao descobrir que você leu.

Daqui a gente pode ir à discussão de proximidade dos amigos, pros valores que eu dou a cada um... Mas não estou afim de discutir relação.

18 março, 2006

O que é isso? Um vírus? Uma doença?

Quando entrei na federal eu n sabia de nada e perguntava tudo. Houve pessoas que me explicavam, conversavam, davam toques. E, obviamente, houve aqueles que foram pragmáticos, arrogantes e falso-superiores.

A diferença entre eles, eu acredito, era somente a maneira de falar. Claro que isso explicita o "íntimo" de cada um, mas n quero entrar nisso. Vou para o lado da preocupação com esse tipo de discurso.

Me lembro quendo perguntei a dois amigos veteranos onde era o melhor almoço. Um deles me respondeu informando o melhor lugar de cada dia da semana. O outro me respondeu começando cada frase com: "vc tem que aprender que...", ou "é assim assado, mas vc tem que se virar. Sai por aí! Pergunta!" Me explica? O que eu tinha acabado de fazer? Perguntado, se não me engano. Perguntado para alguém que eu tinha proximidade, alguém que eu confiava. Você pode até argumentar que o 2º amigo estava certo, que perguntando p alguém que eu conheço eu perderia o "gostinho" de ser calouro. Sinto te informar, mas isto não aconteceu. Eu precisava de uma direção e não de um mapa. Se me dessem uma mapa eu o jogaria fora, ou guardaria para comparar depois quais as diferenças entre o q eu fiz e o q o amigo fez.

Só de "falar" eu já sinto uma parte da indignação daquele julgamento. Agora q estou do lado de cá, vi em mim este vírus que ataca os veteranos. Eu fui o professor-trote deles, encontramos umas 3 vezes e, em todas essas situações, eu me senti dizer: "vcs vão aprender que..."!

Minha arrogância explodiu após o 1º período? Minha segurança aumentou tanto que agora meu umbigo não cabe mais em mim? E uma que embebeda o cérebro: se faz parte do amadurecimento do estudante passar por essa arrogância, pensar a respeito logo agora na 2ª semana do 2º período vai me fazer passar mais rápido pelo pragmatismo? Se sim, eu deveria me deixar curtir este momento, certo? Então por quê não estou confortável?

Censurado

Nietzsche e Alanis ao lado e eu pensando: "o que foi?" O que aconteceu com a gente? Comigo eu sei, mas e você? Por que você não ri mais como antes? Por que você está tão próxima fisicamente e se encontra lá do outro lado do saguão? Por que quando eu chego próximo de você o papo morre? O que tem acontecido contigo que eu nao me sinto confortável ao teu lado?

Nós! Isso mesmo, nós dois! Que ríamos de tudo, que brigávamos por tudo, que discutíamos por qualquer motivo e era tudo uma grande brincadeira. Antes nós ríamos de coisas que agora você leva a sério. Não tem mais aquele tesão. Antes nós falávamos a sério sobre tópicos que hoje você evita. Estou encomodado - isso!, esta é a palavra, encomodado! - com a falta de dentes nas horas certas e o excesso deles durante um "ex qualquer-coisa".

O que aconteceu? O que te fiz? O problema é orgulho?, tudo bem, então não há mais problema: me desculpe? Por tudo e qualquer coisa que eu tenha feito. Aonde está você? Eu a perdi numa reta. Numa reta, meu bem! Íamos bem... e acabou. O encanto já era!

Eu. (...) Por que você fica séria perto de mim (...)? Por que você me leva a sério agora? Por que você deixa que eu te pise, te humilhe?? Por que parou de me pisar??? Você sabe o que eu gosto! Sempre soube!! Então agora me diz!!! POR QUÊ...

Por que você tinha que se apaixonar? Eu te odeio.